sexta-feira, 31 de julho de 2015

{Yesterday's Book} Os 13 Porquês

Hey, guys! Lembram que eu disse que tinha lido dois livros nas férias e que muito provavelmente iria resenhá-los por aqui? Pois é! Os 13 Porquês, de Jay Asher, é um deles.

Os 13 Porquês nos apresenta Clay Jensen, que, ao chegar em casa depois de um dia de aula normal, depara-se com um pacote sem remetente endereçado para ele. Dentro do pacote, estão sete fitas cassete. Curioso com o conteúdo das fitas, Clay procura um rádio antigo em sua garagem, coloca a primeira fita dentro dele e aperta o play. Em seus ouvidos soa a voz de Hannah Baker, a garota de seu colégio que havia se suicidado há algumas semanas. Clay mal consegue acreditar, e, antes mesmo que possa assimilar o fato, Hannah anuncia que naquelas fitas estão os treze motivos pelos quais ela cometeu suicídio, e que quem recebeu as fitas é um deles. Confuso e assustado, Clay escuta as fitas uma a uma, na intenção de descobrir o que ele fez para Hannah.

Fazia tanto tempo que eu desejava esse livro e não o encontrava que quase não acreditei quando o vi na vitrine da Saraiva. Não tinha dinheiro para comprá-lo no dia, mas imediatamente enviei uma mensagem no Whatsapp para minha querida tia, e um tempo depois, ela apareceu com o livro para mim (Foi presente de aniversário! Awn!). A espera me trouxe um resultado satisfatório, pois gostei muito da leitura.

Ao longo das fitas que Clay escuta, ele não descobre somente o motivo de ele estar nelas, mas quem era Hannah Baker, e como vários acontecimentos conectados podem levar alguém a cometer suicídio. Ao final do livro, você ainda é presenteado com diversas perguntas direcionadas ao autor e uma lista de números úteis caso você esteja sentindo ou conheça alguém com os sintomas de Hannah.

Eu amo livros que chamam a atenção para um tema importante e que te conscientizam sobre ele. Conhecer a Hannah foi fascinante para mim, e me identificar com ela ao longo do livro me doeu muito. Isso e também o fato de eu ter me apegado a ela, apesar de já saber que ela estava morta desde o começo do livro. O Clay também é um amorzinho e sua dor é transmitida para o leitor de uma forma quase palpável, mas é Hannah quem brilha do começo ao fim, enquanto acompanhamos seus anos em uma cidade nova em que tudo, ou quase tudo, deu errado, levando-a a fazer o que fez. 

É um livro que recomendo para todos, simplesmente. Ele é triste, mas só porque você sabe ao que todos esses acontecimentos vão levar e porque você não pode - Clay não pode - impedi-los.

Em alguns pontos, a história ficou um pouco cansativa, mas lê-la até o final vale a pena. As últimas páginas do livro carregam uma lição extremamente importante, que Clay aprendeu e que todos nós deveríamos. Sinto que se eu tivesse lido esse livro mais cedo, teria sabido lidar melhor com diversas situações. De qualquer forma, tenho certeza de que lembrarei dele lidando com diversas coisas de agora em diante.

Nota Final:


"O pontinho de tinta se solta como uma casca de ferida. Quem arrisca testar se ela está blefando?" (Página 19)

"Conforme as histórias vão passando, uma atrás da outra, eu me sinto aliviado quando meu nome não é citado. Em seguida, vem o medo daquilo que ela não disse ainda, do que ela vai dizer quando chegar a minha vez." (Página 66)

"Acho que essa é a questão central. Ninguém sabe ao certo quanto impacto tem na vida dos outros." (Página 135)

"esse choque criou um vácuo no meu peito. Como se todos os nervos do meu corpo estivessem definhando, se soltando dos dedos dos pés e das mãos. Se soltando e desaparecendo" (Página 138)

"Eu precisava mudar alguma coisa, exatamente como dizem, por isso mudei minha aparência. A única coisa que eu ainda podia controlar. Incrível." (Página 141)

"Mas não dá para fugir de si mesmo. Não dá para tomar a decisão de deixar de se ver para sempre. Não dá para tomar a decisão de desligar aquele ruído dentro da sua cabeça."

"Podia ser minha alma gêmea
dois seres de afinidade espiritual
Talvez não sejamos nada disso" (Página 163)

"Espero que não estejam escutando estas fitas salivando por alguma fofoca. Espero que estas fitas signifiquem mais do que isso para vocês." (Página 171)

"Nós caminhamos por essas ruas juntos, Hannah. Trajetos diferentes mas paralelos. Na mesma noite. Saímos caminhando pelas ruas para fugir. Eu, de você. E você, da festa. Mas não só da festa. De si mesma." (Página 213)

"[...] começo a correr de novo. Falta só uma fita. Um treze azul pintado no canto." (Página 227)

"Muitos de vocês se importaram comigo, mas não o bastante." (Página 238)

"Uma enxurrada de emoções corre dentro de mim. Dor e raiva. Tristeza e pena. E, a mais surpreendente de todas, esperança." (Página 244)

*Caham* Se vocês acharam o post um pouquinho mais formal que o normal, é porque ele foi o meu post de estréia no The Book Syndrome, o meu novíssimo blog com as lindas Sabs e Giu. Eu tinha que passar uma primeira impressão boa, né? Ainda mais que colocaram "Cursando Letras" ao falar sobre quem eu era. Não podia dar vexame. Enfim, seus lindos, se puderem, chequem o The Book Syndrome, as meninas são muito legais e fofas e, como vocês já sabem, eu também. Há! 

2 comentários:

  1. Me interesso por livros que tratem de temas como suicídio, então quando conheci Os 13 Porquês ele foi para os meus desejados imediatamente! Tenho ele comprado, mas ainda não me senti no momento certo de lê-lo...

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    1. O momento certo de uma leitura é algo muito importante mesmo. Eles têm um impacto gigantesco na gente.

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